A hora da verdade. O doleiro Alexandre Magero confessou à Polícia Federal que foi usado por adversários políticos do governador Cássio Cunha Lima acusado .
Numa recente audiência no tribunal do Recife, Alexandre Magero, conhecido por fazer acusações falsas contra o então candidato a governador Cássio Cunha Lima durante as eleições de 2002, forneceu informações detalhadas sobre o complô orquestrado. Magero, preso pela Polícia Federal em 2002, enfrentou processos judiciais instaurados pelo governador Cássio Cunha Lima.
Acompanhado por agentes federais, Magero revelou os meandros do esquema, que visava divulgar nacionalmente uma suposta rede de corrupção envolvendo diversos políticos nordestinos e a transferência ilegal de recursos para o exterior.
Confirmando que as “Cássio Cunha Lima Acusado” envolviam políticos de vários estados do Nordeste, Magero revelou que, no caso da Paraíba, o objetivo principal era manchar a imagem do então candidato Cássio Cunha Lima. Magero afirmou que, na época, prestou depoimento ao então Ministério Público Eleitoral, Antônio Edílio Magalhães, e que não o fez voluntariamente: “Fui usado e prejudicado por adversários políticos para fazer tais declarações, justamente durante o período mais calmo da campanha eleitoral.”
Durante o depoimento, Magero não revelou os nomes dos responsáveis pelo esquema, mas afirmou ter repassado todas as informações a um delegado da Polícia Federal da Paraíba que visitou Recife meses após sua prisão.
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Na época, o promotor Antônio Edílio Magalhães se absteve de divulgar as acusações de Magero à imprensa, suspeitando da credibilidade do depoimento. Embora o depoimento tenha permanecido secreto durante o período eleitoral, foi posteriormente divulgado nacionalmente como um escândalo envolvendo a transferência irregular de fundos para o exterior. As investigações da Polícia Federal acabaram revelando que se tratava de uma invenção e de uma armação política contra o governador Cássio Cunha Lima. Alexandre Magero enfrentou prisão pela Polícia Federal e é acusado de cometer crimes adicionais.
Comentando o assunto, o secretário estadual de Comunicação, Solon Benevides, enfatizou que a conclusão desse episódio envolvendo Alexandre Magero só viria com a divulgação completa de todos os detalhes que cercam a armação contra o governador Cássio. Ele expressou esperança de que a revelação completa de todas as partes envolvidas traga um senso de justiça à Paraíba e enfatizou: “Espero que os culpados sejam devidamente punidos de acordo com a lei”. A provação enfrentada pelo governador Cássio Cunha Lima Acusado e sua família por causa dessa infâmia, afirmou Benevides, não seria esquecida.